segunda-feira, 16 de junho de 2008

Pantanal: De olho na onça-pintada

Vídeo: onça-pintada



De olho na onça-pintada


Nenhum animal do Pantanal é tão idolatrado quanto a onça-pintada e exerce tanto fascínio sobre os visitantes. No Refúgio Ecológico Caiman, a espécie é motivo de pesquisa e protegida. Graças ao trabalho de preservação, a população de felinos está crescendo dentro do complexo turístico.

Mas nem todos os fazendeiros da região conseguem entender a necessidade de preservar o maior felino brasileiro. Muitos latifundiários a vêem como uma praga, que se alimenta de gado. Como o boi já foi introduzido no Pantanal há mais de 200 anos, a onça já enxerga o gado como uma presa natural, e ataca o rebanho.

Apenas dentro do Refúgio Ecológico, cerca de 400 vacas são devoradas todos os anos pelas onças. Porém encontrar esses "gatos gigantes" não é tarefa das mais fáceis. A responsável pelo projeto, a veterinária Cyntia Kayo Kashivakura, costuma levar os visitantes para um passeio na propriedade munida com uma aparelho capaz de detectar as onças que já foram capturadas e já estão com um rádio-colar. Mas nem sempre o passeio é bem sucedido.

"Não existe hora certa para a onça aparecer. Já desmistificamos a idéia de que ela é um animal noturno, pois já vimos um animal caçando em plena luz do dia. O visitante também tem que contar com uma boa dose de sorte", brinca Cyntia.

O encanto da onça é tão grande que um grupo de visitantes ficou maravilhado apenas ao encontrar pegadas frescas do felino às margens de uma pocilga e avistar uma carcaça de uma vaca que havia sido morta há poucos horas por uma onça faminta.

Cada estação uma paisagem diferente

O ciclo de vida no Pantanal compreende, basicamente, dois diferentes períodos, responsáveis pela mudança do cenário local: a Estação das Águas e a Estação das Secas.

A chegada das chuvas anuncia o início da Estação das Águas, período que se estende de dezembro a março. A temperatura nesta época é mais alta. Ideal para os "birdwatchers" – observadores de pássaros – que chegam, principalmente, dos Estados Unidos e Europa, atraídos pela grande variedade de aves migratórias que vêm para o Pantanal à procura de peixes. É nessa época que as aves fazem seus ninhos.

Os estrangeiros acordam cedo, aos primeiros raios de sol, e se preparam para a caminhada pela mata. Levam seus potentes binóculos e máquinas fotográficas. Para eles não existe tempo, ficam horas olhando para a copa das árvores – fazendo centenas de imagens.

Por isso, uma caminhada de aproximadamente 100 metros, pode durar cerca de uma hora. A verdade é que o número e a variedade de aves que habitam a planície chamam a atenção até dos visitantes que não ligam para esses animais e preferem os mamíferos. No Pantanal, seja no céu ou na terra, o importante é ficar sempre alerta. Surpresas é o que não falta.

Na Estação da Seca, de julho a novembro, começam a se formar as áreas para pastagem. É o melhor período para a observação de mamíferos. É possível encontrar pelos pastos os belos tamanduás-bandeiras e os imponentes cervos do Pantanal. Em agosto, pouco antes do início da primavera, já começam a florescer as árvores, que permanecem assim até outubro e novembro. (Vinícios Baptista )

Fonte: A Gazeta

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