quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Acasalamento de texugos vira caso de polícia na na Alemanha




Acasalamento de texugos desencadeia operação policial na Alemanha
Moradores confundiram canto de acasalamento dos animais com gritos de sofrimento.
Autoridades usaram até helicóptero para vasculhar floresta em busca das 'vítimas'.


O canto de acasalamento dos texugos confundiu moradores de cidade alemã

Os moradores de Linz, na Alemanha, ouviram gritos desesperados no último domingo (3) e chamaram a polícia, que compareceu com helicópteros e equipamentos de visão noturna para vasculhar a floresta. Mas, segundo reportagem do "Spiegel Online", eles só encontraram texugos em fase de acasalamento.

"Moradores ligaram para a polícia dizendo que tinham ouvido gritos assustadores de mulheres vindos de uma floresta na vizinhança", disse a polícia em comunicado, segundo o "Spiegel".

As autoridades usaram até helicóptero com equipamento de visão noturna para vasculhar a área, mas logo perceberam que os barulhos vinham de texugos que estavam em fase de acasalamento. Segundo comunicado da polícia, é comum que as pessoas confundam o canto de acasalamento desses animais com gritos humanos - principalmente durante o período de procriação, em julho e agosto.

Vídeo: Honey Badger in the Serengeti
Do G1
Texugo bêbado interdita trânsito na Alemanha

Um pequeno animal protagonizou uma cena da qual a polícia de Goslar, na Alemanha, não se esquecerá tão cedo.

As autoridades da cidade receberam um chamado para retirar um texugo aparentemente morto que estava em uma via local. Mas o animal não estava morto. Estava "bêbado como um gambá", segundo os policiais.

O texugo se encontrava deitado no meio da rua, segundo a agência de notícias France Presse, com algumas cerejas próximas a ele.

"O estômago do animal transformou a fruta [fermentada] em álcool", disseram as autoridades em um comunicado.

Os policiais conseguiram tirar o texugo do meio da rua. Longe do perigo, foi curar sua bebedeira em outro lugar.

Ficha do Texugo
O Texugo é um carnívoro social, que escava complexos de tocas que servem de abrigo ao grupo. Comum em Portugal, apesar de facilmente reconhecível, raramente o vemos por ser de hábitos nocturnos e discretos.

Hugo Costa



IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

O texugo (Meles meles) é um carnívoro de médio porte, pertencente à Família dos Mustelídeos. Tem focinho alongado, cabeça pequena relativamente ao corpo, que é robusto, arredondado e de coloração cinzenta no dorso e negra no ventre e patas. A cauda é curta, cinzenta e com a ponta branca. As patas são curtas e poderosas com cinco dedos, munidos de garras fortes, pouco curvas e não retrácteis, sendo especialmente poderosas e afiadas nas patas anteriores (adaptação para escavar).

A sua característica mais distinta são as duas listras longitudinais negras em cada lado da cabeça, que é branca. Os olhos são pequenos e estão escondidos nas listras negras. As orelhas são pequenas, pretas, com as pontas brancas. Podem ocorrer animais albinos, melânicos e outros com uma cor avermelhada.

O corpo mede entre 67 e 80 cm de comprimento e a cauda entre 11 e 19 cm. Em Inglaterra, os machos pesam em média 12 Kg (há registos de texugos com 18 kg) e as fêmeas 11 kg, variando normalmente o seu peso ao longo do ano (são mais pesados no final do Verão). Em Espanha os texugos não ultrapassam os 10 kg e os dados existentes em Portugal apontam para uma situação semelhante.



DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA

Habita toda a Euroásia temperada, exceptuando o Norte da Escandinávia e da Rússia, estando inclusivamente presente nalgumas ilhas do Mediterrâneo (ex: Creta).

Em Portugal está presente em todo o território continental, sendo uma espécie relativamente abundante. Há no entanto, escassez de informação biológica e ecológica sobre a sua situação em Portugal.


ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO

Esta espécie faz parte do anexo III da Convenção de Berna (espécie parcialmente protegida, sujeita a regulamentação especial) e em Portugal é considerada não ameaçada (NT). A sua caça no nosso país está proibida desde 1986.

FACTORES DE AMEAÇA

A fragmentação do habitat (construção de vias, desflorestação, etc.) e a morte por atropelamento, são os principais factores de ameaça para esta espécie.


HABITAT

É mais abundante em zonas com algum relevo e heterogéneas do ponto de vista paisagístico, com grande variedade de biótopos, que lhe proporcionam uma maior disponibilidade de recursos e abrigos. No entanto, qualquer local é propício para esta espécie, desde que tenha uma cobertura adequada e um tipo de solo que o animal possa escavar até uma grande profundidade.

Vive em complexos escavados por ele e que consistem num sistema de túneis com várias câmaras em diferentes níveis. Estes túneis desembocam na superfície em aberturas que têm normalmente um monte de terra à sua frente (proveniente da escavação dos túneis). O número de entradas pode variar entre 3 e 40 por complexo, estando descrito um caso em que um único complexo tinha 180 entradas, 880m de túneis e 50 câmaras de dormida.


ALIMENTAÇÃO

É um animal omnívoro e oportunista. Em Portugal alimenta-se sobretudo de frutos (azeitonas, bolotas, nêsperas, ameixas, pêras e figos) e artrópodes (principalmente insectos), mas também preda micromamíferos (ratos e musaranhos). Ocasionalmente come anelídeos, moluscos, anfíbios, répteis e aves. Durante o Inverno e a Primavera consome mais artrópodes, enquanto que no Verão consome mais frutos.


REPRODUÇÃO

Vive em grupos sociais que, no Norte da Europa, podem ser bastante numerosos. Nos países do Mediterrâneo, costumam formar grupos mais pequenos, por vezes apenas grupos familiares de um macho, uma fêmea e a respectiva descendência. Acasala especialmente entre Fevereiro e Março e entre Julho e Setembro (mantendo-se os casais reprodutores juntos todo o ano), mas pode fazê-lo em qualquer altura do ano. Tal como outros mustelídeos, possui o fenómeno de ovo-implantação retardada, em que o ovo, embora fertilizado, só se implanta no útero alguns meses depois da fecundação (3 a 10 meses). A verdadeira gestação é de 7 semanas, nascendo as crias normalmente entre Janeiro e Abril. O número de crias por ninhada é de 1 a 5, mas geralmente nascem 2 ou 3. Estas ficam nas tocas até à idade de 8 semanas e estão dependentes da mãe até ao Outono e por vezes até ao primeiro Inverno. Os machos atingem a maturidade sexual entre 1 e 2 anos de idade e as fêmeas entre 1 ano e 15 meses. Pode viver até aos 14 anos no estado selvagem e até aos 16 em cativeiro.

MOVIMENTOS

Tem hábitos nocturnos e sai do complexo normalmente um pouco antes do pôr do sol. A sua saída das tocas é feita com extrema cautela, analisando o meio envolvente através do olfacto extremamente desenvolvido, bastando sentir um odor estranho para voltar ao interior do complexo. Quando saem, costumam ficar junto às tocas onde efectuam pequenas brincadeiras, que desempenham um papel muito importante na aprendizagem das crias, ao nível da caça e de fuga de inimigos. Nestas alturas também se costumam marcar uns aos outros, esfregando a região anal num dos flancos de outro indivíduo (modo de reconhecimento entre os indivíduos).

Os seus territórios podem variar entre 0,3 e mais de 1,5 Km2 em Inglaterra, mas no nosso país parecem ser bem maiores. Pode passar até 10 horas fora das tocas, percorrendo longas distâncias durante a noite e regressando pouco antes do amanhecer.


CURIOSIDADES

Há registos de que os texugos enterram os "seus" mortos. Há casos de indivíduos que morreram dentro das tocas e que foram sepultados dentro destas pelos restantes membros do grupo. Há também uma observação de um texugo que morreu perto de um complexo e que foi arrastado por outros indivíduos do grupo, que escavaram um buraco e depois o enterraram lá dentro.


LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO

O texugo é uma espécie dificilmente observável no seu habitat natural. Embora viva por vezes muito perto do homem, os seus hábitos nocturnos fazem com que a sua observação seja difícil. Os indícios de presença são a forma mais fácil de verificar a sua existência num determinado local. A pegada deste animal é constituída por uma grande almofada, 5 pequenas marcas de dedos e pelas marcas das garras alguns centímetros à frente destes. A presença de latrinas (conjunto de pequenos buracos escavados, com dejectos negros, cilíndricos e uniformes) também é outra característica diagnosticante desta espécie.


Fonte: http://www.naturlink

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