terça-feira, 4 de novembro de 2008

Espírito Santo tem 197 espécies de animais ameaçados de extinção


04/11/08 (  Redação Gazeta Rádios e Internet)

O "Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção" reúne fotografias, nomes científicos e populares de cada espécie e informações detalhadas sobre elas. Cada volume do livro - são dois - tem cerca de 700 páginas. Das espécies ameaçadas, a maioria está na região da Mata Atlântica e no Cerrado. Há 2.500 volumes do livro lançado nesta terça, que serão distribuídos para escolas e bibliotecas, além das unidades de conservação do Ibama e Meio Ambiente. Os Estados serão incentivados a elaborem listas dos animais ameaçados em suas regiões. A publicação do livro vai servir para a definição de políticas públicas, como também ações de pesquisa. O ministro lembrou que a publicação foi batizada de "livro vermelho" para funcionar como "sinal de alerta". "Por um lado é um basta. Em nome do progresso não se pode extinguir várias espécies, isso é incompatível com a vida. É um livro vermelho de alerta e chamamento para a vida", disse o ministro.
Tatu-canastra, muriqui, onça pintada. Estas são apenas algumas espécies que estão na extensa lista de animais que correm risco de extinção no Espírito Santo. Dos 627 animais brasileiros listados pelo Ministério do Meio Ambiente nesta terça-feira (4) em Brasília, 197 espécies estão em risco na fauna do Estado. De acordo com informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), já há espécies de aves que não podem mais ser encontradas nas matas situadas em território capixaba, como o bicudo e a arara vermelha.

Das 197 espécies ameaçadas no Espírito Santo, 155 são somente os animais vertebrados. Entre eles, estão em maior risco: tatu-canastra, muriqui e onça pintada, avaliados como "criticamente em perigo". Outros animais também aparecem em situação de alto risco na lista, como a preguiça-de-coleira, o saqüi-da-serra e a anta, que recebem a denominação de 'em perigo'.

Entre as aves, diversas estão criticamente em perigo. São 37 espécies nesta condição. Entre elas: o macuco, jaó-do-sul, águia real, mutum-de-penacho e papagaio-moleiro.

Além das 155 espécies de vertebrados, 42 animais invertebrados correm sérios riscos de desaparecerem da fauna capixaba. Entre eles estão a tartaruga-gigante, tartaruga-verde, a surucucu e dez espécies de anfíbios.

O biólogo que responde pelo Núcleo de Fauna do Ibama no Espírito Santo, Jaques Passamani, informou que a última lista de animais ameaçados é do ano de 2005 e é feita por especialistas a cada cinco anos.

Fatores

O biólogo informou ainda que os critérios utilizados para a elaboração da lista de animais com risco de extinção são analisados com base na ocorrência desses animais na natureza, o tamanho da área necessária para a sobrevivência deles e outros aspectos da natureza do próprio animal. Com essas informações os especialistas chegam ao grau de ameaça na região.

O alerta sobre o risco de extinção de algumas espécies foi dado nesta terça-feira (4) com o lançamento do "Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção". O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse que foram retiradas 79 espécies, da lista publicada em 1989, enquanto foram acrescentadas 479.

Entre as espécies excluídas da lista estão o sagüi, a lontra, o lobo-guará, o gavião, mas foram incluídos a baleia azul, o tubarão-baleia, a jararaca, o albatroz e uru-do-nordeste. Minc lembrou que são inúmeros os fatores que contribuem para o agravamento das possibilidades de extinção de várias espécies de animais no país.

Segundo ele, os principais motivos vão desde o desmatamento, as queimadas até o tráfico de animais e o uso inadequado de produtos químicos no meio ambiente. O ministro ressaltou que para conter o avanço da ameaça o governo vai atuar em parceria com vários órgãos federais e estaduais e apoio da sociedade civil. Para ele, é fundamental intensificar as ações de fiscalização e também de orientação às crianças e adolescentes, por intermédio das escolas.

Segundo Minc, paralelamente será ampliada a infra-estrutura dos centros de reprodução em cativeiro das espécies em extinção. "A gente tem planos para preservar a ave de rapina, para reprodução em cativeiro, e distribuição do "livro vermelho" nas escolas para os pais e alunos saberem como vivem os animais. Você defende melhor aquilo que você ama e você ama o que se conhece", disse.

O ministro disse ainda que, no futuro, será negociado apoio para investimentos da iniciativa privada na tentativa de executar planos de proteção às espécies ameaçadas. "É um esforço muito grande, mas é de todas as esferas. A gente vai querer, mais tarde, que algumas empresas adotem algumas espécies. Vai financiar estudos, pesquisas e reprodução de espécies em cativeiro. Mas que ajudem de fato com recursos", disse Minc.

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