Moradores da comunidade de Rio Jordão, na área rural de Siderópolis, na região Sul do Estado, os dois já se depararam com capivaras a 50 metros da varanda da casa de Emerson. Eles apenas observaram a visita inesperada do roedor, sem agressões.
– É bom ver assim de perto, mas é melhor que estejam soltas. Achei bonitas, grandonas e peludas. Depois que contamos ter visto, alguém as matou – lamenta Emerson.
A diretora da escola municipal Miguel Lazzarin, Rita de Cássia Brignoli, acredita que a comunidade não tem noção da área em que se encontra. Para Rita, o local é praticamente protegido pela reserva do Aguaí.
Há poucos dias, a escola recebeu a visita da equipe do projeto Felinos do Aguaí e cerca de 50 alunos conheceram a importância da biodiversidade e a necessidade de conservação.
– Já tinha ouvido falar em todos esses animais porque meu pai caçava para subsistência. Mas saber que estão voltando para seu hábitat é muito bom, por haver condições saudáveis. Enriquece nosso material escolar, pois poderemos trabalhar de forma multidisciplinar com os alunos – comenta a professora Rita de Cássia.
Na casa da professora e agricultora Maria de Lourdes Pazetto Marcelino, 46 anos, é comum encontrar tatu, quati e ouriço. Para preservar os animais, ela começou a cercar a própria casa, já que a reserva biológica não é delimitada fisicamente, apenas mapeada.
– O maior valor é ver os animais retornando. Acredito que a mineração na cidade tenha refletido diretamente para o desaparecimento de algumas espécies. Agora temos novamente um privilégio – diz a professora.
Além de escolas, o Projeto Felinos do Aguaí também faz trabalhos de conscientização ambiental, através de palestras, em instituições e empresasas.
Fonte: Diário Catarinense
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