domingo, 5 de julho de 2009

Cientistas estudam cérebro de pombo em voo

Aves receberam pequenos medidores de atividade neural no órgão.
Animais parecem usar referências visuais para guiar seu trajeto.
Henry Fountain
Do 'New York Times'

Você já imaginou alguma vez o que se passa na mente dos pombos? Não? Pois pesquisadores europeus já. Alexei L. Vyssotski, da Universidade de Zurique, e colegas estudaram a atividade cerebral de pombos-correio enquanto eles sobrevoam alguns pontos visuais.

Pombo em pleno voo (Foto: Reprodução)

Como alguns pombos-correio encontram o caminho de volta para um ponto inicial não é inteiramente conhecido. Estudos mostraram que os pássaros usam, de formas diferentes, a posição do Sol e o campo magnético terrestre como bússola, e sentem o cheiro e pistas visuais como ferramentas para guiar seu caminho. No entanto, o uso de pistas visuais é difícil de estudar, pois, se um pássaro sobrevoa um ponto visual e não muda seu curso, é impossível saber se o pássaro não percebeu a pista ou simplesmente a ignorou.


Os pesquisadores desenvolveram minúsculos registradores neurológicos, a fim de gravar a atividade elétrica nos cérebros dos pombos, durante o voo. Os pássaros também carregavam pequenos aparelhos de GPS para o rastreamento de suas posições. Ao cruzar informações sobre a atividade cerebral e o posicionamento das aves, os pesquisadores puderam determinar o efeito de sobrevoar um ponto visual.


Da água à terra
Os voos das aves começaram sobre a água, um ambiente relativamente sem variações visuais, e então continuou sobre a terra, até um ponto inicial. Isso permitiu aos pesquisadores determinar a atividade cerebral enquanto as aves chegavam ao litoral e então sobrevoavam outros pontos visuais.


Eles descobriram que a atividade em frequência alta e média ocorreu enquanto os pássaros passavam por um ponto visual. Os pesquisadores, que relataram suas descobertas na publicação "Current Biology", sugeriram que frequências médias estão relacionadas à percepção de informação visual, enquanto a atividade de alta frequência pode estar relacionada a processos cognitivos – talvez o reconhecimento de algum ponto visual como algo que a ave já viu antes.


Os pesquisadores também observaram fortes atividades cerebrais em duas localidades rurais onde não havia nenhum ponto visual significativo. Em visita aos locais, os pesquisadores descobriram que ambos os lugares tinham colônias de pombos selvagens, o que provavelmente atraiu o interesse dos pombos-correio.


http://g1.globo.com/

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