Uma família curiosa praticamente tomou conta de um ponto da Praia do Iate, na frente da Praça dos Namorados, em Vitória. Quem passa perto da "casa" que eles ocupam, corre o risco de ser agredido, principalmente se estiver com um cachorro. Achou estranho? Mas, se você costuma caminhar pelo local, não precisa ficar com medo: a família é formada por um casal zeloso de corujas e quatro filhotes que ficam protegidos num ninho cavado no chão.
"Hoje de manhã, uma cliente passou perto do ninho com um cachorro e tomou uma carreira da coruja. Saiu correndo, sem saber se socorria o cachorro ou se gritava", conta o vendedor de coco Mauro Pereira de Sousa, 47 anos, que se tornou uma espécie de guardião das corujas e de seus filhotes, além de outras aves cativas da praia.
Segundo ele, já teve gente querendo bater na coruja, depois de ser atacado pela família, mas a pessoa foi impedida pelo vendedor. "Ela só está defendendo a cria", argumenta.
Perto da confusão do trânsito, da poluição e do estresse do dia a dia da cidade, muitos nem se dão conta da beleza da corujice - com propriedade - da mãe com os filhotes, mas Sousa, no mesmo ponto há 23 anos, pede mais cuidado com a natureza, tão prejudicada no local.
"Antes a praia era mais frequentada. Depois começou a sair esgoto perto e muitos deixaram de vir. Podiam ao menos isolar as corujas, para os cachorros não avançarem sobre os filhotes", pede o vendedor, que chega a gastar três quilos de canjiquinha por semana, para alimentar os canários que, diariamente, visitam esse trecho.
Além deles, Sousa ainda abre os cocos para que os sabiás comam a polpa. Mas o joão-de-barro, outra presença certa no local, não quis fazer sua casa na árvore acima do carrinho dele. O motivo? Muito movimento. (Elisangela Bello)
( A Gazeta)
E aí,os "Candelárias" da praça (acho que foram eles) mataram as avezinhas e há quem defenda que eles possam fazer o que quiserem, pois são "vítimas de uma sociedade extremamente cruel, injusta e indiferente". Aliás, quem foi o "inocente útil", o ecologista ingênuo que achou que as corujas poderiam ficar ali soltas neste nosso mundo absurdo. Abraços, Carlos
ResponderExcluir