domingo, 22 de maio de 2011

Descoberto casal de urutau, 'ave fantasma'

Casal de ave fantasma é descoberto
em seminário de Campo Grande
Urutau, pássaro ameaçado de extinção, já se adaptou ao novo habitat.
A principal característica da ave é a forma como consegue se camuflar.

Pássaro camuflado vira atração em seminário deCampo Grande (Foto: Rosalino de Jesus)
Uma ave rara, que vive no cerrado e é ameaçada de extinção, fez de uma árvore em um bairro de Campo Grande (MS) o seu novo habitat. Conhecida como ave fantasma, o Urutau vive em galhos ou tocos de madeira ressecados ou queimados. A principal característica da ave é a forma como consegue se camuflar. Geralmente a ave é confundida como extensão de um galho ou parte de uma árvore pela sua penugem, de cor parecida com madeira envelhecida.

O casal de Urutau já virou atração no Seminário de Filosofia Maria Mãe da Igreja, em Campo Grande. Na nova morada, as aves convivem em harmonia com os alunos e funcionários do seminário. “Percebi algo estranho na árvore, quando cheguei mais perto a surpresa. Era um pássaro diferente, que parecia se misturar à um tronco seco”, afirmou o seminarista Rosalino de Jesus.

No seminário, os pássaros já se adaptaram ao convívio com os humanos. “Quando alguém chega perto, elas apenas mexem a cabeça e dão uma espiadinha”, explica Rosalino. E a adaptação foi tão boa que elas já estão se reproduzindo. “Vi o casal ter três filhotes. Mostro eles para todos que vem aqui, já viraram atração, alguns até os chamam de meus filhos”, diz Rosalino.

De acordo com o biólogo especialista em aves e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Rudi Ricardo Laps, o nome foi dado pelos índios e vem da junção de duas palavras em guarani: guyra (ave) e taú (fantasma). Daí o nome popular: ave fantasma. De hábitos noturnos, a sua alimentação se baseia em insetos.

Segundo o professor, existem cinco espécies dessa ave no Brasil e, no Mato Grosso do Sul, foram registradas apenas duas. Conta também ter um carinho especial pela ave. “Entre os anos 2000 e 2001, no sul da Bahia, acompanhei um grupo de pesquisas sobre o Urutau. Tivemos a sorte de redescobrir uma espécie que acreditava-se estar em extinto há 200 anos, o Urutau-de-asa-branca. Após isso, criei um carinho muito especial por esse bicho”.

O pássaro
Nome Científico: Nyctibius griseus
Distribuição: em todas as regiões do Brasil e América do Sul.
Habitat: Mata Atlântica / Cerrado
Alimentação: preferencialmente alimenta-se de insetos noturnos, em especial de grandes mariposas, cupins e besouros, os quais caça em voo..
Conservação: ameaçado de extinção.

Curiosidade: consegue ver de olhos fechados. Ou melhor: tem duas incisões no meio da pálpebra, que funcionam como uma fresta. Por ter olhos muito grandes, usa-a na maior parte do dia para não interromper a camuflagem. (G1)


Características

Mede cerca de 37 cm de comprimento, 80 cm de envergadura e pesa entre 160 e 200 g (macho). De cor cinza ou marrom mesclando vários tons destas cores com o branco e o preto (rajado, no popular). Possui uma adaptação única em aves, chamada de “olho mágico”. São duas fendas na pálpebra superior, as quais permitem que fique imóvel por longos períodos, observando os arredores, mesmo de olhos fechados.


O Urutau é também conhecido como Mãe-da-lua

O Mãe-da-lua é um Caprimulgiforme da família Nyctibiidae. Conhecido também como Urutau, Urutau-comum, Kúa-kúa e Uruvati (nomes indígenas - Mato Grosso). O nome Urutau é tupi e significa “ave fantasma”. Há uma crendice na Amazônia de que as penas da cauda do urutau protegeriam a castidade. Por isso, a mãe varre debaixo das redes das meninas com uma vassoura confeccionada com estas penas.

Reprodução

Põe um ovo, em cavidades de tocos ou galhos, a poucos metros acima do solo, incubando-o por cerca de 33 dias. O filhote permanece no ninho em torno de 7 semanas.

Hábitos

Comum em bordas de florestas, campos com árvores e cerrados. Ainda que tenha o hábito de pousar em locais abertos, permanece disfarçado, sendo facilmente confundido com um galho.

Distribuição Geográfica

Presente localmente em todo o Brasil, inclusive na periferia de cidades como o Rio de Janeiro. Encontrado também da Costa Rica à Bolívia, Argentina e Uruguai.

Cidades onde os observadores registraram ocorrências da espécie mãe-da-lua (Nyctibius griseus). A concentração de pontos em uma região não indica, necessariamente, concentração de aves nesta região pois está relacionado também à concentração de observadores, principalmente nos grandes centros urbanos.


[com informações do site WikiAves]



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