quinta-feira, 22 de julho de 2010

Cientistas descobrem quatro novas espécies de polvos na Antártida

Animais produzem venenos que funcionam em baixas temperaturas.
Pesquisadores esperam que eles possam ser usados em novos remédios.

Da Reuters

Pesquisadores anunciaram a descoberta de quatro novas espécies de polvos na Antártida. Eles têm venenos que funcionam em temperaturas inferiores a zero.

Eles esperam analisar o veneno para ver se ele tem possíveis usos médicos, disse Bryan Fry, pesquisadora da Universidade de Melbourne.

A descoberta foi feita durante uma expedicção de seis meses ao continente em 2007 e saiu na revista científica "Toxicon".

O polvo Adelieledone polymorpha, uma das novas espécies, em foto divulgada pelos pesquisadores.

 
O polvo Adelieledone polymorpha, uma das novas espécies, em foto divulgada pelos pesquisadores. (Foto: Reuters)

O Megaleledone selebos, outro dos polvos descobertos.

O Megaleledone selebos, outro dos polvos descobertos. (Foto: Reuters)

Especialistas sabiam há tempos que havia polvos na Antártida, mas ficaram surpresos com a biodiversidade e com o fato de que a seleção natural fez mudar o funcionamento de seu veneno.

Os polvos abrem pequenos buracos em presas maiores e, através deles, injetam sua saliva tóxica.

As substâncias têm efeito em temperaturas inferiores a zero grau centígrado, numa prova de adaptação.

Agora, Fry disse que os cientistas estão animados com as perspectivas de que as substâncias podem ser usada no desenvolvimento de novos remédios.

Remédios para hipertensão são feitos a partir de veneno de cobras, e certos remédios de diabetes são derivados da saliva de um lagarto encontrado nos EUA e no México.

G1

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