Parentesco entre lagartos sem membros e cobras é distante.
'Cryptolacerta hassiaca' viveu há 47 milhões de anos.
Fóssil do 'Cryptolacerta hassiaca', que mostrou aos cientistas que lagartos e cobras tëm origens diferentes
(Foto: Nature / Reprodução)
A descoberta de um fóssil pode mudar a maneira como os cientistas entendem a evolução das cobras. Um lagarto chamado Cryptolacerta hassiaca, que viveu há cerca de 47 milhões de anos, deu a primeira evidência anatômica neste sentido.
Um estudo publicado pela revista “Nature” concluiu que as cobras e os lagartos sem membros (da subordem Anfisbena) evoluíram separadamente. A pesquisa foi feita por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, e do Museu de Ciências Naturais de Berlim, na Alemanha.
Foi constatado que o Cryptolacerta tinha um crânio muito duro, típico dos répteis cavadores, como é o caso dos Anfisbena. Os lacertídeos, tipo mais comum de lagartos, também estão próximos à subordem na escala evolutiva. As cobras, por sua vez, têm parentesco com os chamados lagartos monitores – como, por exemplo, o dragão de Komodo.
“Esse fóssil desmente a teoria de que cobras e outros répteis cavadores dividam uma herança comum e revela que a forma de seus corpos evoluíram independentemente”, afirmou Johannes Müller, autor principal do estudo, que é professor da Universidade Humboldt, em Berlim, na Alemanha.
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