Uma equipe internacional de cientistas determinou que os mamíferos terrestres atingiram a massa corporal máxima em 20 milhões de anos, uma evolução que fez com que animais, do tamanho de um gato, chegassem a ter as dimensões de um elefante, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira nos Anais da Academia Americana de Ciências (PNAS).
Para os mamíferos marinhos, como as baleias, foi necessário a metade do tempo para alcançar seu tamanho, indicaram os pesquisadores, entre eles Jessica Theodor, da Universidade de Calgary (centro-oeste do Canadá), para quem os animais aquáticos tiveram acesso a alimentos muito mais nutritivos que os que vivem em terra.
Além disso, o fato de evoluir na água, não necessita tanta estruturas ósseas e musculares para suportar o peso do corpo, como no caso dos grandes mamíferos de terra firme.
Os cientistas se surpreenderam, também, ao descobrir que os grandes mamíferos reduziram seu tamanho rapidamente (algumas vezes até dez vezes mais rápido que outros) para sobreviver à falta de alimentos, sobretudo nas ilhas.
Segundo ela, 90% das espécies que existiram na Terra se extinguiram.
"Nosso estudo revela, pela primeira vez a história, em grande escala, dos mamíferos em termos de ritmo de crescimento", continuou a cientista.
"Este enfoque difere da maioria das pesquisas sobre a evolução dos mamíferos que se concentram na microevolução, onde as mudanças se produzem em espécies animais específicas", destacou.
Os mamíferos começaram a aumentar de tamanho rapidamente depois da extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos, acelerando o desenvolvimento para chegar a seu tamanho máximo nos 20 milhões de anos que se seguiram.
O estudo se concentrou em 28 tipos diferentes de mamíferos presentes nos últimos 70 milhões de anos na África, Eurásia, Américas do Norte e do Sul, e em todos os oceanos.
Estudo determina velocidade da evolução em longo prazo pela 1ª vez
Animal como rato chega a tamanho de elefante em 24 milhões de gerações.
Redução de tamanho é até dez vezes mais rápida.
Ao longo da evolução, os animais levaram 24 milhões de gerações para sair do tamanho de um rato e chegar até o tamanho de um elefante. A conclusão é de um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”.
A pesquisa conduzida por uma equipe internacional de biólogos e paleontólogos é a primeira medição em longo prazo da velocidade da evolução. A pesquisa levou em consideração os aumentos e reduções no tamanho do corpo dos mamíferos nos últimos 65 milhões de anos – ou seja, desde a extinção dos dinossauros.
Os cientistas examinaram 28 grupos diferentes de mamíferos. A medição não foi feita em anos, mas sim em gerações, para permitir uma comparação mais criteriosa entre os animais que têm durações de vida diferentes.
A recíproca não é verdadeira
Se, por um lado, são necessárias milhões de gerações até o surgimento dos mamíferos de grande porte, por outro, a redução é bem mais rápida. A diminuição do tamanho do corpo leva até dez vezes menos gerações do que o crescimento.
“A diferença enorme nas taxas para diminuir e crescer é realmente impressionante – nós certamente nunca esperamos que isso acontecesse tão rápido”, afirmou Alistair Evans, um dos autores, em material de divulgação da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália, onde ele trabalha.
Segundo o especialista, a redução no tamanho diminui a quantidade de alimentos que um animal precisa para viver e torna sua reprodução mais rápida. Essas características podem ser vantagens evolutivas, sobretudo em pequenas ilhas.
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