The New York Times
Spaniels possuem orelhas notavelmente frouxas, basset hounds têm pernas bastante curtas e são- bernardos são grandes e de ossatura larga. Para não falar no tamanho diminuto dos chihuahuas.
Os humanos cruzaram cachorros para produzir uma enorme variedade. Porém, um novo estudo relata que a variância física entre raças de cachorros é determinada por diferenças em apenas sete regiões genéticas.
Esses sete locais no genoma do cão explicam cerca de 80% das diferenças em altura e peso entre raças, disse Carlos Bustamante, geneticista da Universidade Stanford e um dos autores do estudo. As descobertas, publicadas no periódico PLOS Biology, são resultado da maior classificação de genoma canino até hoje, envolvendo mais de mil cachorros e 80 raças.
Foto: The New York Times Apenas sete regiões do genoma canino respondem pela imensa variedade de raças |
“Estamos tentando identificar os genes que podem ser importantes em administrar as diferenças entre cachorros”, explicou Bustamante. O projeto foi conduzido conjuntamente por pesquisadores de Stanford, da Universidade Cornell e do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano dos EUA.
Um maior entendimento dos genomas caninos pode explicar melhor como os genes são envolvidos em processos de doenças, disse Elaine Ostrander, geneticista do Instituto e outra autora do estudo. Por exemplo, foi sugerido que o osteossarcoma, um tipo de câncer nos ossos, é uma doença comum em raças de pernas compridas, segundo ela.
“Agora temos um glossário muito mais profundo para quais genes são realmente importantes”, disse ela, acrescentando que as descobertas podem ajudar pesquisadores a investigar a validade de tais afirmações.
As descobertas sobre genomas caninos podem, por sua vez, ajudar pesquisadores a compreender o papel da genética em doenças humanas.
“O cachorro ainda é o melhor amigo do homem”, disse ela, “mas agora de uma forma completamente nova”.
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