sábado, 30 de julho de 2011

Elefantes asiáticos no Sri Lanka formam redes sociais leais

RIO - Elefantes asiáticos (Elephas maximus) geralmente vivem em pequenos e flexíveis grupos sociais em função das fêmeas, enquanto os machos adultos vagam independentemente. No entanto, uma nova pesquisa publicada na revista "BMC Ecology" mostra que, apesar de esses animais no Sri Lanka poderem mudar suas associações sociais de um dia para o outro, eles mantêm uma grande e estável rede de amigos a partir da qual escolhem seus companheiros.

Pesquisadores revelam dinâmica social de elefantes asiáticos/ Reuters
Os pesquisadores mapearam as relações entre mais de cem fêmeas adultas de elefantes asiáticos no Parque Nacional Uda Walawe, no Sri Lanka, por cinco estações e analisaram como esses relacionamento mudaram com o tempo. Enquanto os elefantes tendiam a se reunir em grupos contendo três fêmeas adultas, era possível que houvesse até 17 num único grupo. Estratégias sociais também variavam, com alguns elefantes sempre sendo vistos juntos, enquanto outros frequentemente mudavam os companheiros.

Surpreendentemente, 16% variaram suas cinco companhias mais próxima ao longo do estudo. Elefantes que tinham poucos amigos eram muito fieis, enquanto aqueles que tinham muitos tendiam a ser menos leais.

Uma análise das redes de amigos dos elefantes mostrou que os asiáticos tendiam a também se associarem com conjuntos maiores de companheiros, especialmente nas estações secas. Os laços sociais eram especialmente fortes quando os recursos eram escassos, chegando ao ponto de expulsarem elefantes desconhecido das fontes de água.

Isso pode acontecer, em parte, em função da ecologia de seu ambiente, porque outros elefantes, que vivem em áreas mais secas, congregam em maior número nas estações úmidas. Anteriormente, foi pensado que, ao contrário do elefante africano de savana, elefantes asiáticos não tinham extensas afiliações sociais, mas, a nível populacional, extensos aglomerados de grupos interligados foram descobertos.

Shermin de Silva, da Universidade da Pensilvânia, destacou que os elefantes são capazes de fazer companhia ao longo de grandes distâncias chamando uns aos outros e usando o olfato.

- Assim, o grupo de elefantes que se vê em um determinado momento é muitas vezes apenas um fragmento de um grupo social muito maior. Nosso trabalho mostra que eles são capazes de reconhecer os seus amigos e renovar esses laços, mesmo depois de ficarem separados por um longo tempo - explicou.



oglobo.globo.com

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